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Evelyne e Hélder

Fonte jorrante de desafios constantes, a vida é um caminho que se faz caminhando!

Uma vida é feita de opções, de erros e acertos, de experiências penosas, regozijantes e entediantes. Na vida cabe tudo, a vida é tudo! Daí deriva a nossa dignidade.

Num mundo cada vez mais insano, a afirmação desse ineliminável imperativo torna-se cada vez mais premente. Daí a necessidade de exigência, daí a necessidade de ponderação, daí a necessidade de temperança, daí a necessidade de razão. As escolhas de vida, entre as quais o casamento, são, por isso, momentos decisivos.

Depois de anunciar ao pároco da comunidade a nossa intenção de contrair matrimónio, o mesmo deu-nos a conhecer, incentivando-nos, o movimento Encontro Matrimonial. Naturalmente, a primeira reação foi a perplexidade. Não obstante, depois de algum tempo de ponderação, animados pela vontade de bem fazer, decidimos embarcar na experiência. Diga-se, para desfazer o “suspense”, que a decisão foi tomada em trinta segundos. Perante o óbvio, não há lugar para tergiversações!

O FDS para noivos concorre para fazer do casamento um projeto de vida plenamente assumido. Não se trata de uma conversa “beata”, mas sim de um verdadeiro teste de relação, abordando vários e variados temas (Ser Noivo Hoje; Encontro Comigo Mesmo; Uma Comunicação Aberta; O Amor Que Dá Vida, As Decisões No Casamento; A Sexualidade; A Reconciliação; O Sacramento Do Matrimónio; Construir Unidade; O Casal, Sinal de Amor Para A Igreja E Para O Mundo), todos eles relevantes na perspetiva da união indissolúvel que é o casamento. Aqui fica o mote: os futuros cônjuges devem adotar uma atitude prudente, procurando construir alicerces sólidos para a casa que será a sua união futura.

O encontro matrimonial é uma experiência intimista num contexto grupal, não uma simples reunião de grupo. Pode parecer paradoxal, mas o certo é que não há aqui um “voyeurismo” típico de debates em plateia (onde cada um sabe o que os outros pensam ou, pelo menos, dizem), antes reflexão pessoal e diálogo entre noivos em torno dos temas previamente apresentados, fruto das vivências respetivas, por dois casais e um sacerdote. Em suma, o encontro matrimonial põe os noivos a nu sem, no entanto, que os outros vejam. A intimidade do lar a construir fica, desse modo, salvaguardada.

A coerência deve ser prezada, pelo que faz todo o sentido, sendo o casamento algo muito sério, participar na experiência e fazer dela um momento de encontro privilegiado com o outro. Passado o fim-de-semana, o que ficou, em termos quase físicos, foi a sensação de completude, fruto do que aprendemos, do que partilhámos, do que vivemos um para o outro.

Chegados a casa depois do FDS, o sorriso não saía do nosso rosto, tal foi a felicidade sentida por termos vivido um momento tão especial, confortados no nosso compromisso de vida. A experiência permitiu-nos vivenciar de forma ainda mais interpenetrada o dia do nosso casamento e todos os dias desde então. O “eu” deu lugar ao “nós” e o casamento é isso mesmo! Para os mais pragmáticos, fica esta dica: às vezes, as coisas boas encontram-se onde menos se espera!

Evelyne + Hélder